sábado, 20 de novembro de 2010

MÉDICO NEFROLOGISTA | Saiba quando você deve procurar um

Antes de mais nada, é preciso explicar o que é a nefrologia e, por consequência, o que faz o médico nefrologista.

O termo Nefros vem do Grego e significa Rins. Logo, nefrologista é aquele que estuda as funções e as doenças dos rins.

Então, você me pergunta: E o Urologista?

A Urologia é a especialidade cirúrgica que lida com o trato urinário e reprodutivo.

Portanto, o nefrologista é o clínico especializado no sistema urinário e o urologista, o cirurgião. É a mesma relação que há, por exemplo, entre os cardiologistas e os cirurgiões cardíacos, e entre os neurologistas e os neurocirurgiões.

A principal doença com que o nefrologista lida é a insuficiência renal crônica, estado em que o rim funciona menos de 60% de sua capacidade.

Apesar de ser a doença chave da especialidade, a maioria dos doentes chegam a nós nefrologistas com menos de 30% da função, em uma fase que pouco pode ser feito para tentar impedir o avanço da doença em direção a hemodiálise. Isso obviamente não é culpa só dos pacientes, mas principalmente dos seus médicos que demoram a referenciar ao nefrologista seus doentes renais crônicos.

Os pacientes renais crônicos que chegam ao nefrologista precocemente apresentam:

- Menor mortalidade;

- Melhor controle da pressão arterial;

- Menos doenças associadas a falência renal como lesões ósseas, anemia, desnutrição e doenças cardiovasculares;

- Menor perda de função renal e consequentemente maior chance de não evoluírem para hemodiálise;

- Aqueles que acabam precisando de hemodiálise, apresentam menos complicações e menor mortalidade, além de um melhor preparo e menor tempo para o transplante renal se for este o desejo do paciente;

- Podem receber tratamento em tempo hábil para doenças que levam a insuficiência renal terminal quando não tratadas corretamente.


Então, quando é que se indica uma avaliação pelo nefrologista ?

• Quando há alterações na taxa de creatinina sanguínea, que é o principal marcador da função renal;

• Quando a urina estiver espumando muito ou quando for detectado presença de proteínas na mesma em exames laboratoriais;

• Quando a urina estiver muito escura ou avermelhada, ou quando exames laboratoriais indicarem presença de sangue na urina, mesmo que esta seja microscópica e imperceptível ao paciente;

• Infecção urinária de repetição, principalmente se forem mais de 3 episódios por ano;

• Mais de 1 episódio de cálculo renal. O urologista trata os cálculos, mas é o nefrologista quem impede que novas pedras surjam;

• Diabéticos e hipertensos de longa data devem ter pelo menos uma avaliação com o nefrologista já que as duas doenças são as principais causas de insuficiência renal crónica e necessidade de hemodiálise no mundo;

• Aparecimento de edemas (inchaços) difusos, principalmente nas pernas e no rosto;

• Alterações no potássio, sódio, fósforo, ácido úrico, magnésio e cálcio sanguíneos que o clínico geral não identifique facilmente;

• Aparecimento de múltiplos cistos renais em exames como ultra-som (ecografia), tomografia computadorizada ou ressonância magnética. História familiar de rins policísticos também indica uma consulta ao nefrologista;

• Alterações na forma ou tamanho dos rins descobertos através dos exames de imagem descritos acima

• Doentes portadores de Lúpus;

• Excesso de urina.

Uma referenciação em tempo certo ao médico nefrologista pode ser a diferença entre estar plenamente curado ou necessitar de hemodiálise para o resto da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário